quarta-feira, 18 de junho de 2008

Resolução Política da Chapa “Sem um passado negro me era impossível viver minha negritude” para a gestão 2008 – 2011 do movimento negro socialista do

Resolução Política da Chapa “Sem um passado negro me era impossível viver minha negritude” para a gestão 2008 – 2011 do movimento negro socialista do rio de janeiro

“Um sorriso negro, um abraço negro

Traz....felicidade

Negro sem emprego, fica sem sossego

Negro é a raiz da liberdade “

(Dona Ivone Lara)


Nós, filhos e filhas da grande Diáspora Negra construímos com sangue e suor esta grande nação que o Brasil veio a se tornar, entretanto, o Estado Brasileiro ideologicamente comprometido com a tese do embranquecimento da Nação limitou nossa cidadania, a uma cidadania de segunda classe.

A tese do embranquecimento da nação subsumiu nossos heróis e heroínas da história oficial e limitou nosso papel ao de braços construtores da nação e nos negou institucionalmente o direito a plenitude da cidadania.

Com a débâcle da teoria cientifica da superioridade das etnias brancas sobre as demais etnias pretas e amarelas, forjou-se o mito da democracia racial e de uma nação onde as raças harmoniosamente viviam e contribuíam para o progresso da nação.

Oxalá, o mito da democracia racial norteasse de fato as políticas publicas brasileiras; diferentemente a política estatal de embranquecimento não foi abandonada e sim mascarada pela precarização das políticas universalistas.

Se antes os negros e as negras não tinham acesso às políticas universalistas por serem pretos, agora as políticas universalistas passam a segundo plano por atenderem aos pretos e pretas brasileiras.

Constrói-se também uma grande campanha exaltando o caráter pacifista e harmonioso de nossa sociedade, elabora-se o mito de que não há racismo no Brasil. E se não há racismo, não se justificam políticas publicas de inclusão social voltadas especificamente para pretos e pretas.

Diante de toda esta política estatal de negação dos nossos Direitos Fundamentais é que os pretos e as pretas brasileiras vão passar a se organizar e lutar pela construção de uma identidade negra que forje na luta cotidiana uma nova nação capaz de incluir todas as etnias sem que a cor da pele signifique privilégios.

Sabedores de que tal conquista não será obtida enquanto perdurar o capitalismo é que negros e negras do país inteiro vêm se organizando no Partido Socialista Brasileiro a fim de somarem esforços com os demais militantes socialistas na luta pela derrota do capitalismo e pela construção do Socialismo.

Por isso, temos que tornar a Negritude Socialista Brasileira um espaço para o debate, fazendo do Partido que tem como lema "Socialismo e Liberdade", um espaço onde todos os simpatizantes e militantes possam debater e implementar ações e resoluções políticas que tornem nossas cidades mais inclusivas e solidárias.

O Movimento Negro Socialista do Rio de Janeiro deu um passo importante neste mês de abril ao se organizar em vinte municípios fluminenses, elegendo as direções municipais e os secretários municipais do movimento negro socialista.

Resulta desta organização que percorreu todas as regiões do estado esta direção estadual a ser eleita neste congresso estadual do movimento negro que terá como principal tarefa organizar o movimento negro em todos os municípios onde o PSB estiver organizado.

A importância desta organização se vê no exemplo do município de Macuco onde 60% da população é negra, e é impossível pensar um projeto político-eleitoral para o município sem que o partido reflita sua realidade populacional.

Esta preocupação com um partido de massas, que reflita o povo brasileiro e esteja inserido na realidade municipal, estadual e do país, é que orientou a organização do movimento negro socialista em nosso estado.

Fica agora a tarefa de convencimento de todos os pretos e pretas brasileiras de sua identidade negra e a construírem e elegerem um programa socialista para as eleições 2008 que tenha como norte principal construir cidades solidárias e inclusivas para todos os brasileiros e brasileiras indiferentemente do gênero, raça, etnia, cor da pele, orientação sexual, idade, capacidade de acessibilidade,...

Fica a tarefa para a nova Comissão Executiva Estadual do MNS de convencer os parlamentares e prefeitos que se elegerem nas eleições deste ano a implementarem nos seus municípios os Conselhos Municipais de Promoção da Igualdade Racial, bem como Políticas Públicas Municipais que combatam o racismo e promovam a valorização da identidade negra, que garantam a profissão e o exercício dos cultos afro-brasileiros, mais principalmente que garantam aos negros e negras a plenitude da cidadania brasileira.

Fica a tarefa ao Movimento Negro Socialista de discutir com a bancada de deputados estaduais, com a bancada de deputados federais e de senadores do PSB para a importância de se construir uma agenda propositiva do PSB para a questão do combate ao racismo e de promoção da igualdade étnica nas Casas Legislativas de nosso país.

Reconhecemos os avanços alcançados no governo popular de Lula com a implementação da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, entretanto defendemos que se este esforço do Executivo Federal não ressoar nas Casas Legislativas, no Judiciário e nos Executivos estaduais e municipais de forma a garantir que as políticas afirmativas e de reparação para o povo negro se tornem políticas de Estado, será uma ação louvável, porém efêmera.

Urge a regulamentação de inúmeras profissões que são majoritariamente exercidas pela população negra (capoeiristas, motoboys, do lar, entre outras), a elaboração de políticas publicas de saúde para a população negra (como a prevenção, diagnóstico e tratamento da anemia falciforme), políticas públicas de incentivo a contratação de negros pelas empresas, legislação que coíba o critério da cor da pele na contratação de trabalhadores, implementação da História da África e da Cultura Afro-brasileira nos currículos escolares da Educação Básica ao Ensino Superior.

Bem como, a demarcação das terras quilombolas, refutação da redução da maioridade penal, construção de uma política de segurança pública que reduza a vitimização da população negra jovem, desconstrução do imaginário social que vê no negro um criminoso e construção de um imaginário social que veja o negro como um homem igual aos demais homens da espécie homo sapiens.

Revolucionar a Educação Básica Brasileira oferecida pela rede estatal de forma a garantir que todos os seus egressos (em sua maioria negros e negras) estejam formados e qualificados tanto para ingressarem na rede estatal de Ensino Superior, bem como para o mercado de trabalho.

Concluímos conclamando todos e todas as socialistas a somarem esforços na construção de um mundo onde não tenha oprimidos e opressores, um mundo onde todos e todas tenham igualdade de oportunidade, enfim, UM MUNDO SOCIALISTA.

Vamos à luta!

1° Congresso Estadual do Movimento Negro Socialista

Rio de Janeiro, 02 de maio de 2008

Resolução Política da Chapa “Sem um passado negro me era impossível viver minha negritude”

Resolução Política da Chapa “Sem um passado negro me era impossível viver minha negritude” para a gestão 2008 – 2011 do movimento negro socialista do rio de janeiro

“Um sorriso negro, um abraço negro

Traz....felicidade

Negro sem emprego, fica sem sossego

Negro é a raiz da liberdade “

(Dona Ivone Lara)


Nós, filhos e filhas da grande Diáspora Negra construímos com sangue e suor esta grande nação que o Brasil veio a se tornar, entretanto, o Estado Brasileiro ideologicamente comprometido com a tese do embranquecimento da Nação limitou nossa cidadania, a uma cidadania de segunda classe.

A tese do embranquecimento da nação subsumiu nossos heróis e heroínas da história oficial e limitou nosso papel ao de braços construtores da nação e nos negou institucionalmente o direito a plenitude da cidadania.

Com a débâcle da teoria cientifica da superioridade das etnias brancas sobre as demais etnias pretas e amarelas, forjou-se o mito da democracia racial e de uma nação onde as raças harmoniosamente viviam e contribuíam para o progresso da nação.

Oxalá, o mito da democracia racial norteasse de fato as políticas publicas brasileiras; diferentemente a política estatal de embranquecimento não foi abandonada e sim mascarada pela precarização das políticas universalistas.

Se antes os negros e as negras não tinham acesso às políticas universalistas por serem pretos, agora as políticas universalistas passam a segundo plano por atenderem aos pretos e pretas brasileiras.

Constrói-se também uma grande campanha exaltando o caráter pacifista e harmonioso de nossa sociedade, elabora-se o mito de que não há racismo no Brasil. E se não há racismo, não se justificam políticas publicas de inclusão social voltadas especificamente para pretos e pretas.

Diante de toda esta política estatal de negação dos nossos Direitos Fundamentais é que os pretos e as pretas brasileiras vão passar a se organizar e lutar pela construção de uma identidade negra que forje na luta cotidiana uma nova nação capaz de incluir todas as etnias sem que a cor da pele signifique privilégios.

Sabedores de que tal conquista não será obtida enquanto perdurar o capitalismo é que negros e negras do país inteiro vêm se organizando no Partido Socialista Brasileiro a fim de somarem esforços com os demais militantes socialistas na luta pela derrota do capitalismo e pela construção do Socialismo.

Por isso, temos que tornar a Negritude Socialista Brasileira um espaço para o debate, fazendo do Partido que tem como lema "Socialismo e Liberdade", um espaço onde todos os simpatizantes e militantes possam debater e implementar ações e resoluções políticas que tornem nossas cidades mais inclusivas e solidárias.

O Movimento Negro Socialista do Rio de Janeiro deu um passo importante neste mês de abril ao se organizar em vinte municípios fluminenses, elegendo as direções municipais e os secretários municipais do movimento negro socialista.

Resulta desta organização que percorreu todas as regiões do estado esta direção estadual a ser eleita neste congresso estadual do movimento negro que terá como principal tarefa organizar o movimento negro em todos os municípios onde o PSB estiver organizado.

A importância desta organização se vê no exemplo do município de Macuco onde 60% da população é negra, e é impossível pensar um projeto político-eleitoral para o município sem que o partido reflita sua realidade populacional.

Esta preocupação com um partido de massas, que reflita o povo brasileiro e esteja inserido na realidade municipal, estadual e do país, é que orientou a organização do movimento negro socialista em nosso estado.

Fica agora a tarefa de convencimento de todos os pretos e pretas brasileiras de sua identidade negra e a construírem e elegerem um programa socialista para as eleições 2008 que tenha como norte principal construir cidades solidárias e inclusivas para todos os brasileiros e brasileiras indiferentemente do gênero, raça, etnia, cor da pele, orientação sexual, idade, capacidade de acessibilidade,...

Fica a tarefa para a nova Comissão Executiva Estadual do MNS de convencer os parlamentares e prefeitos que se elegerem nas eleições deste ano a implementarem nos seus municípios os Conselhos Municipais de Promoção da Igualdade Racial, bem como Políticas Públicas Municipais que combatam o racismo e promovam a valorização da identidade negra, que garantam a profissão e o exercício dos cultos afro-brasileiros, mais principalmente que garantam aos negros e negras a plenitude da cidadania brasileira.

Fica a tarefa ao Movimento Negro Socialista de discutir com a bancada de deputados estaduais, com a bancada de deputados federais e de senadores do PSB para a importância de se construir uma agenda propositiva do PSB para a questão do combate ao racismo e de promoção da igualdade étnica nas Casas Legislativas de nosso país.

Reconhecemos os avanços alcançados no governo popular de Lula com a implementação da Secretaria Especial de Promoção da Igualdade Racial, entretanto defendemos que se este esforço do Executivo Federal não ressoar nas Casas Legislativas, no Judiciário e nos Executivos estaduais e municipais de forma a garantir que as políticas afirmativas e de reparação para o povo negro se tornem políticas de Estado, será uma ação louvável, porém efêmera.

Urge a regulamentação de inúmeras profissões que são majoritariamente exercidas pela população negra (capoeiristas, motoboys, do lar, entre outras), a elaboração de políticas publicas de saúde para a população negra (como a prevenção, diagnóstico e tratamento da anemia falciforme), políticas públicas de incentivo a contratação de negros pelas empresas, legislação que coíba o critério da cor da pele na contratação de trabalhadores, implementação da História da África e da Cultura Afro-brasileira nos currículos escolares da Educação Básica ao Ensino Superior.

Bem como, a demarcação das terras quilombolas, refutação da redução da maioridade penal, construção de uma política de segurança pública que reduza a vitimização da população negra jovem, desconstrução do imaginário social que vê no negro um criminoso e construção de um imaginário social que veja o negro como um homem igual aos demais homens da espécie homo sapiens.

Revolucionar a Educação Básica Brasileira oferecida pela rede estatal de forma a garantir que todos os seus egressos (em sua maioria negros e negras) estejam formados e qualificados tanto para ingressarem na rede estatal de Ensino Superior, bem como para o mercado de trabalho.

Concluímos conclamando todos e todas as socialistas a somarem esforços na construção de um mundo onde não tenha oprimidos e opressores, um mundo onde todos e todas tenham igualdade de oportunidade, enfim, UM MUNDO SOCIALISTA.

Vamos à luta!

1° Congresso Estadual do Movimento Negro Socialista

Rio de Janeiro, 02 de maio de 2008

Ufa! Nos organizamos...

“Sem um passado negro me era impossível viver minha negritude...”

O Movimento Negro Socialista do Rio de Janeiro deu um passo importante neste mês de abril ao se organizar em vinte municípios fluminenses, elegendo as direções municipais e os secretários municipais do movimento negro socialista.

Resulta desta organização que percorreu todas as regiões do estado uma direção estadual a ser eleita no congresso estadual do movimento negro que ocorrerá no dia sete de maio corrente e que terá como principal tarefa organizar o movimento negro em todos os municípios onde o PSB estiver organizado.

A importância desta organização se vê no exemplo do município de Macuco onde 60% da população é negra, e é impossível pensar um projeto político-eleitoral para o município sem que o partido reflita sua realidade populacional.

Esta preocupação com um partido de massas, que reflita o povo brasileiro e esteja inserido na realidade municipal, estadual e do país, é que orientou a organização do movimento negro socialista em nosso estado.

Fica agora a tarefa de convencimento de todos os pretos e pretas brasileiras a construírem e elegerem um programa socialista para as eleições 2008 que tenha como norte principal construir cidades solidárias e inclusivas para todos os brasileiros e brasileiras indiferentemente do gênero, raça, etnia, cor da pele, orientação sexual, idade, capacidade de acessibilidade,...

Enfim, um país que possa caminhar para o Socialismo...